Maria da Silva - apenas um retrato do cotidiano by pedro marangoni

A curta vida de uma catadora de lixo, excluída e violentada pela Sociedade.

Maria da silva - apenas um retrato do cotidiano

 Nota: serão aceitas ofertas apenas de tradutores nativos na língua de destino, buscando uma profundidade de versão que só um nativo, mergulhado desde o nascimento em uma cultura própria, com seus vícios e virtudes, poderá atingir.

 Não se pode afirmar ser "Maria da Silva" um trabalho de ficção pois é um retrato do cotidiano sem retoques. Um pequeno livro sobre a curta vida de uma catadora de lixo. Aqui não há descrições supérfluas, assim a imaginação do leitor comporá o ambiente lendo o drama com o cenário que conhece, que acontece perto de si, que visualiza no dia a dia e cujo cerne desconhece. Diariamente "Marias das Silva" morrem de inanição e doenças não tratadas, numa breve e trágica passada pela vida, levando consigo toda uma história ignorada pelos demais cidadãos. É hora de enxergá-las como seres humanos e este pequeno livro pode ajudar. Sinto que a obra não é minha, sou apenas o apresentador da mensagem de Maria da Silva. Acredito que se alguns leitores após conhecê-la mudarem, que seja apenas a expressão do olhar para os catadores de lixo – que garimpam o desprezado, não esmolam – a missão a mim confiada pelo acaso terá sido cumprida. Nota: A LÍNGUA NATIVA DO TRADUTOR DEVE SER A MESMA PARA A QUAL SE VAI TRADUZIR

Genre: POLITICAL SCIENCE / Human Rights

Secondary Genre: PHILOSOPHY / Ethics & Moral Philosophy

Language: Portuguese

Keywords: favela, moradores de rua, lixão, catadores de lixo, violência, violência contra a mulher, estupro, religião

Word Count: 12.694

Sample text:

Uma velha quase adolescente, pele e ossos e uma presumível idade entre 18 e 20 anos. Cabelo castanho escuro, fino e liso, pele alvíssima nas partes onde a sujeira das ruas não encardiu. Os seios caídos, alguns poucos dentes, nos olhos apenas uma sombra de dignidade...

Abrir os olhos, despertar, é sempre um choque desagradável, o começo do pesadelo. Gostaria de fechar as pálpebras novamente e apagar a consciência, fugir do real. Mas sabe que não vai conseguir, quem a desperta não é o sono satisfeito, é o estômago que exige sua perene, insaciável cota.

Gêmea da fome, da irmã nada separa e, se para nada jogada foi à terra desde logo aterra a esperança que é cara, da cara o sorriso desterra...

A contragosto começa a assumir sua sina de ser vivente. Move os olhos. Mas somente os olhos. Sempre na vã esperança de estar apenas tendo um pesadelo, um sonho mau. Acordar assustada numa cama limpa, ter irmãos, mãe, pai, casa, comida, saber ler, escrever, cumprimentar as pessoas e ser cumprimentada nas ruas, existir de verdade. Ou então porque não se transformar num cão vadio, sem ter que pensar, se ver, se comparar? Não é um cão, mas não é humana também, o que ela é, afinal? Se fala, não respondem, às vezes a escorraçam exatamente como fazem aos animais de rua, mas também às vezes lhe dão ordens como se dá aos humanos. Seus olhos percorrem o barraco, ainda na penumbra. Mais ou menos uma placa de compensado -daquelas de construção- de largura, por duas de comprimento. Uns dois metros por quatro. Uma, duas, três... cinco telhas de zinco enegrecidas e amassadas por pedradas compõe o teto.


Book translation status:

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English
Already translated. Translated by Lesley Sogl
Author review:
Tradutora dedicada, de fácil comunicação autor/tradutor, profissional experiente e competente.
German
Already translated. Translated by Stefan Kächele
Italian
Already translated. Translated by Sara Zampieri
Author review:
Tradutora com conhecimento da língua portuguesa e da realidade brasileira, usou de criatividade para poder repassar com fidelidade ao leitor italiano fatos tão distantes da sociedade europeia. Comunicação fácil autor/tradutor.
Spanish
Already translated. Translated by Sebastián Rodolfo Peña

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