Operador de Call Center by H.M.S. Pereira

A novel about the miserable life of a Call Center Operator in the 21st century Lisbon.

Operador de call center

Henrique P. is just another young man who enters the world of precarious jobs and starts working in a call center in Lisbon. During his exprience, Henrique meets a varied number of lost young people, from his colleagues to academic intellectuals, to failed artists and losers of his generation. Through the streets of the portuguese capital, the extravagant meals, the empty drinking nights, the lost hours gambling, the cheap rented rooms and frustrated loves, we follow Henrique in the difficult task of surviving in a small Lisbon.

 

Genre: FICTION / General

Secondary Genre: FICTION / Dystopian

Language: Portuguese

Keywords: Call Center, lisbon, novel, fado, portugal, Millennials, XXI

Word Count: 52065

Sample text:

  Comecei a dar-me com alguns dos rapazes mas apenas o suficiente para parecer integrado. Na verdade, não estava interessado em conhecer ninguém…

- Ei, então? – perguntava-me um deles - Fazes o quê fora daqui, man?

- Nada. Só procuro trabalho. Há mais alguma coisa para fazer?

- Não estudas, man?!

- Já estudei. Fartei-me. Roubava-me demasiado tempo. Prefiro passá-lo a comer - respondia eu.

- Oh! Heheh…

  E de seguida punham-se a falar sobre o curso e o que iriam fazer com ele e onde já tinham trabalhado… Todos iguais, um a seguir ao outro. Todos com as suas aspiraçõezinhas. As pessoas eram cansativas de tão iguais que eram. Por vezes era eu que, estúpido, fazia perguntas… Pelo menos serviam para passar o tempo até termos de voltar para a sala com Zulmira…

  As 2 semanas passaram e, com uma ou outra desistência, fizemos o teste da Luso-Cabo, a prova final que faria de nós Operadores da Linha de Activação da Luso-Cabo. A nossa função seria atender as pessoas que tinham adquirido uma Cablebox (aparelho que digitaliza e descodifica o sinal dos canais) ou um Modem para aceder à Internet. Estes aparelhos compravam-se como “kits” em lojas e traziam nas caixas um número para onde se ligava a pedir a activação. Era aí que entrávamos: “Boa noite, está a falar com Henrique Pissada da Luso-Cabo, em que posso ser-lhe útil? Deseja então activar o seu Modem? Muito bem, aguarde um momento por favor…”. Era para esta treta que tínhamos sido recrutados. Mas era uma treta que era necessário fazer.


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