A Era do Não by pedro marangoni

Poesia de crítica social, ateísmo, ceticismo

A era do não

 Nota: serão aceitas ofertas apenas de tradutores nativos na língua de destino, buscando uma profundidade de versão que só um nativo, mergulhado desde o nascimento em uma cultura própria, com seus vícios e virtudes, poderá atingir. 

A realidade e o escárnio estão divididos nesta obra, representados respectivamente por Maria da Silva e A Era do Não. Infelizmente a verdade também está presente na segunda parte porque o sarcasmo é apenas uma maneira amarga de encararmos a realidade com a consciência de que quase nada podemos fazer. O ser humano é um material de difícil reciclagem e outras teorias não passam de hipocrisia. Após lamentar Maria da Silva, o riso será amargo com o escárnio de A Era do Não. Depois fecharemos o livro e seguiremos pisando e sendo pisados, num Inferno chamado vida, condenados à eterna esperança... (E os autoproclamados intelectuais dos tempos modernos que me desculpem, mas meus versos possuem rimas e são de fácil entendimento! Um absurdo eu sei, mas apenas quero transmitir minha opinião e mensagem nestes tempos de negação, nesta Era do Não. E as rimas tornam essas mensagens mais cadenciadas, mais digeríveis. Somente isso.) Nada de apresentações narcisistas, julguem apenas minhas ideias, o meu produto; se vocês gostam de leite, bebam-no, não é necessário conhecer a vaca. Nota: A LÍNGUA NATIVA DO TRADUTOR DEVE SER A MESMA PARA A QUAL SE VAI TRADUZIR

 

Genre: POETRY / General

Secondary Genre: FICTION / Urban Life

Language: Portuguese

Keywords: poesia, ateísmo, crítica, sociedade, religião

Word Count: 4900

Sample text:

 

Maria da Silva

Não é um despertar,
não se desperta para um pesadelo,
entreabrir os olhos e se ver
entrelaçada, enrolada num novelo...
Novelo no velho colchão mofado,
velado pelos olhos da desgraça,
braços esquálidos aos joelhos abraçados,
feto grande num mundo-ventre que amassa...
Cheiro acre de suor, azedo, seco,
envolve tudo como toque final,
traspassa o barraco, vindo do beco,
é marca sentida de toca animal...
Acorda a velha quase adolescente,
pele e ossos, dupla década é sua idade,
seios caídos, alguns poucos dentes,
nos olhos, apenas uma sombra de dignidade...
Gêmea da fome, da irmã nada separa,
se para nada jogada foi à terra,
aterra a esperança que é cara,
da cara o sorriso desterra...
Acabou-se.Terminou o curto sono.

 

PONTO DE VISTA

Excelências, consciência!

Não temos pão nem leite, 

nem onde mais se arroche...

Se não têm pão nem leite,

que comam brioche!

Excelências, consciência!

Acabou nosso dinheiro,

há uma revolta em surdina...

Que se dane o País,

que esmolem nas esquinas!

Excelências, consciência!

Esmolar é pilhéria,

nós queremos trabalho, não miséria...

Não atendemos no recesso,

vamos à Paris de férias!

Pois então cuidado,

seremos mil em cada esquina,

sonhem com Paris,

acordarão na guilhotina! 

 


Book translation status:

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