Pierre é um jovem francês criado em um orfanato cristão no início do século XIV. Sob a turbulenta Idade Média, descobre que é filho de judeus e começa a sonhar em conhecer a família, mesmo sem saber se os pais estão vivos.
Comete um crime ainda jovem, o que o obriga a sair da França, iniciando uma fantástica e aventureira jornada por países muçulmanos e cristãos, forçando-o a mudar constantemente de religião.
Lutando para viver, acompanha uma caravana de mercadores e descobre um dom artístico que o leva ao conflito entre a busca pela riqueza e a fé absoluta. Ao longo dessa epopeia, prisões, torturas e descobertas são constantes e realísticas.
Um livro imperdível, com relatos históricos que desvendam a mente medieval, polêmicas da igreja e costumes da época.
Genre: FICTION / JewishO Livro foi vendido exclusivamente em uma livraria, com uma tiragem de 500, vendidos em 3 meses.
França, Toulouse. Era quase noite no rigoroso inverno da cidade. A neve fina flutuava pelo pouco que restara da rala vegetação dos belos campos, onde de longe se via a lua brilhar. Uma imensa cruz de madeira, colocada pelos cavaleiros cruzados que por lá haviam passado anos atrás, marcava a paisagem. Dizia-se que nesse local era possível sentir a força e a bravura dos homens que lutaram em Jerusalém, na guerra em nome do Criador.
Quando finalmente o sol se escondeu em sua totalidade, uma fogueira atiçada pelo vento destacou-se em meio ao vale escuro. Crianças brincavam, cantavam e dançavam em volta do fogaréu que produzia estalos ao se fundir com os flocos de neve densamente espalhados no chão.
Era o ano 1317. Enquanto os que ali se mantinham agasalhados por espessos trapos de pano perto do calor do fogo, uma criança, afastada e solitária, estava sentada sobre um frágil e desgastado tronco de árvore, caído no chão coberto de neve. O frio entrava profundamente por seu corpo. Estava branca, pálida, com os lábios rachados e o corpo febril. Parecia que nada a fazia querer se mexer, idêntica a uma estátua, olhando fixamente para o além. De seu nariz avermelhado escorriam gotas de muco.
Pierre era seu nome. Não conhecia o sobrenome, muito menos quem fora seu pai ou sua mãe. Não sabia onde nascera nem tinha certeza de sua idade. Havia sido abandonado na infância e deixado em frente a um orfanato cuidado por freiras católicas. Nele, as crianças aprendiam a ler e escrever, o que era raro, e a ser devotas de Jesus Cristo. Todos os domingos, elas eram obrigadas a ir à missa e se confessar com o padre.
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English
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Translation in progress.
Translated by Carlos Soldani
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French
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Translation in progress.
Translated by Alexandra Lúcio
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Spanish
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Already translated.
Translated by Victor PC
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